Integrantes do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) minimizaram a declaração do novo presidente dos Estados Unidos， Donald Trumpjogo do tigre da dinheiro， segundo a qual os Estados Unidos não precisam do Brasil.
A leitura é que a fala reflete a visão de mundo que o republicano já vinha manifestando ao longo dos últimos anos. O governo brasileiro， então， pretende adotar um comportamento mais prudente e sereno， esperando o desenrolar dos fatos para então discutir eventuais mudanças de rumo e discurso.
Donald Trump durante a assinatura de seus primeiros atos executivos
A secretária-geral do Ministério das Relações Exteriores， embaixadora Maria Laura da Rocha， afirmou que cada passo será analisado e que o lado brasileiro dará prioridade para trabalhar as convergências entre os países.
jogo do tigre"Ele [Trump] pode falar o que quiser， ele é presidente eleito dos EUA. Vamos analisar cada passo do governo， mas， como somos um povo com fé na vida， vamos procurar apoiar e trabalhar não as divergências， mas as convergências， que são muitas"， disse ela ao ser questionada por jornalistas no Palácio do Planalto.
A Presidência da República foi procurada， mas não havia comentado a declaração do líder americano.
jogar fortune tiger Lá ForaA fala de Trump ocorreu horas após a sua posse na segunda (20)， durante entrevista a jornalistas. O novo chefe da Casa Branca disse que seu país não precisa do Brasil e da América Latina.
"Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles. Na verdade， não precisamos deles， e o mundo todo precisa de nós"， disse Trump em cerimônia na qual assinou decretos no primeiro dia do novo mandato.
O republicano respondia a pergunta feita pela GloboNews sobre como ele pretendia reagir à proposta de paz para a Guerra da Ucrânia elaborada pela China e pelo Brasil. O americano disse desconhecer tal iniciativa.
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"Acho ótimo， estou pronto para discutir [propostas de paz]. O Brasil está envolvido nisso? Não sabia. Você é brasileira?"， perguntou Trump à repórter Raquel Krähenbühl， da GloboNews. Em seguida， a jornalista questionou o presidente sobre a relação com o Brasil e a América Latina. "É ótima. Eles precisam muito mais de nós do que nós precisamos deles."
Antes do comentário de Trump， o presidente Lula havia afirmado que não quer briga com os Estados Unidos. O presidente brasileiro disse desejar ainda que o republicano faça uma "gestão profícua".
"Da nossa parte， não queremos briga nem com a Venezuela， nem com os americanos， nem com a China， nem com a Índiajogo do tigre da dinheiro， nem com a Rússia. Nós queremos paz， harmonia， ter uma relação em que a diplomacia seja a coisa mais importante， não a desavença ou a encrenca"， afirmou Lula.